Bruno Tiago

No estágio do Sp. Braga que se está a realizar na Alemanha, Bruno Tiago lesionou-se gravemente, um minuto após ter entrado no relvado. Depois de um lance disputado com um adversário, Bruno saiu do campo de jogo rumo ao Hospital, e as piores suspeitas confirmaram-se. Fractura da tíbia e do perónio, e vários meses de paragem.

Ao Bruno Tiago todos os gilistas desejam rápidas melhoras e que volte rapidamente aos relvados para mostrar as suas qualidades.

Noutro âmbito, o treinador gilista deu uma entrevista ao JN entrevista essa que podem ver aqui:

JN: Que expectativas tem para a próxima época?

Paulo Alves: Fazer um bom campeonato. Dentro das possibilidades do clube em termos financeiros, tentámos manter os jogadores que nos davam mais garantias. Além disso, procurámos contratar atletas usando um critério de qualidade, carácter e profissionalismo que nos garanta uma equipa solidária, coesa e que dê boas respostas.

JN: Já assumiu alguma falta de qualidade no plantel. A solução passa por ter uma equipa mais guerreira?

P.A: Essa é uma premissa óbvia, porque a qualidade paga-se. Nesta fase, e devido aos problemas financeiros, não há milagres o Gil não consegue competir com outros clubes por jogadores de nível elevado. Temos de compensar isso, apostando nos jovens da formação.

JN: O que é possível fazer, então, em 2007/08?

P.A: Acredito que podemos fazer uma boa campanha, dando passos certos, e vamos ver onde isso nos pode levar. Não queremos cortar a ambição de uma eventual subida, mas também não podemos ficar obcecados com essa ideia.

JN: Tendo em conta a forma como o Gil Vicente desceu, compreende que os adeptos "exijam" o regresso à Liga?

P.A: As pessoas, e não é só em Barcelos, agem em função das expectativas criadas. Pelo historial que tem no principal campeonato português, as pessoas vêem o Gil como um candidato natural à subida. Além disso, não descemos no campo, sabemos que esse peso vai existir e vamos tentar, com esses condicionalismos, fazer que isso seja uma realidade mostrar que podemos ser candidatos.

JN: Esses condicionalismos podem ser uma motivação?

P.A: Têm de ser. Se o Gil conseguir a promoção será algo de fantástico e os jogadores sabem disso. Eles têm de procurar a superação dentro de campo, mas, repito, não podemos estar obcecados, porque o clube não vai acabar. Não podemos elevar em demasia a fasquia, mas podemos tentar chegar a uma fase em que isso seja possível. Acredito que vamos fazer um bom campeonato, mas não me perguntem onde nos pode levar.

JN: Na Liga de Honra é raro encontrar candidatos assumidos.

P.A: Claro. Na Liga há três candidatos assumidos ao título, mas a Honra é seguramente diferente, porque há um grande lote de equipas que podem subir. Da minha parte, não posso fazer de outra maneira, porque temos muitos jovens, que têm muito valor, mas a quem falta experiência e, em certas fases da época, isso pode ser determinante. Vamos à luta sem receios.



JN: Quem apostou mais forte para a próxima edição da Liga de Honra?

P.A: O Beira-Mar, o Trofense e o Vizela apetrecharam-se melhor. O Rio Ave manteve grande parte da equipa do ano passado e é, por isso, um candidato natural, o mesmo se aplicando ao Varzim. À partida, serão estas equipas que podem dar uma resposta melhor.

JN: A Taça da Liga surge num bom momento para o Gil Vicente?

P.A: É bem-vinda. Encaro esta prova com optimismo e será mais um factor de motivação para os jogadores.

JN: E concorda com o formato escolhido?

P.A: Para já não podemos falar muito, porque ainda não foi posto em prática. É uma prova piloto. É preciso viver a experiência e, para o ano, será possível ter uma opinião mais concreta e, quem sabe, fazer alguns reajustes.

JN: Uma época depois da redução de equipas nos campeonatos profissionais, já se fala num novo alargamento. Qual é a sua opinião?

P.A: Com a redução não ganhámos nada, sobretudo na primeira Liga. Pode ser bom para os grandes por causa das provas europeias, mas o universo do futebol não se resume a três clubes. Na Liga de Honra é um pouco diferente, porque, com 18 clubes, muitos deles não tinham condições financeiras e pagaram por isso. Por isso, neste segundo escalão se calhar ganhou-se alguma emoção, competitividade e seriedade. Mais importante do que o número de clubes nos campeonatos, são os critérios para quem os pode disputar.